Todo aparecimento sempre pressupõe regras em seus limites. Entendo como regras exigências que a mim se impõem sob o risco permanete da transgressão e da possibilidade de uma consequente culpa. Esse reconhecimento me impede de filosofar? Será que o reconhecimento dos limites é um reconhecimento apenas dos meus limites? Um aparecimento é tão individual ao ponto de eu nunca conseguir uma teoria? Se assim for nunca conseguirei me libertar de mim mesmo, reconhecendo os limites do outro também. Este aparecimento, que ainda não sei se é só para mim tal como é, ou se é também para o outro tal como é para mim, talvez contenha regras em um nível de estrutura que não dependa de mim para serem. Ou melhor, talvez dependa na media em que as vivo, mas não na medida em que as crie. E aqui está um problema: se tenho certeza que não criei estas regras, como elas podem ser? Talvez dependam de outro ser para serem; talvez simplesmente sejam assim em seu próprio ser; ou talvez ...
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