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Mostrando postagens de julho, 2010

Gaia

Abro os olhos! Ouço o que me rodeia. Ao simples som de desajuste, levanto-me, espreguiço-me, vou ver do que se trata. Se algo ameaça invadir meu território, reclamo o mais alto e forte possível: sou destemperada. Solto minha voz em um timbre unicamente meu. Os intervalos temporais que se intercalam entre meus latidos, assemelham-se, por vezes, à uma melodia irritante aos ouvidos de Giles Deleuze (talvez os mais irritantes sons que a natureza já produziu, segundo este filósofo). Depois da ameaça, volto para lubrificar minha arma intimidatória. Observo se tudo continua como antes... Procuro por um som familiar, procuro um sinal de movimentação dentro da casa. Quando encontro vejo a possibilidade de minha rotina chegar próxima do que mais espero em toda a existência: afeto e alimentação. E por fal ar em afeto, adoro os olhos carinhosos dele, adoro o som lúdico de sua voz e o toque de suas mãos denunciando que me ama; não gosto dos limites que ele coloca, embora não faça ideia dos p

Lapso da Eternidade

Participei, em 2007, da IV Ciranda de Poesias de Londrina, concorrendo com duas simplórias poesias (se é que se pode chamar de poesia). Pensei, por um momento, que uma delas poderia ter alguma aceitação. Não achava, porém, que a "poesia" Lapso da Eternidade é que seria escolhida entre as 10 melhores daquele concurso. O certo é que as poesias escolhidas precisavam ser apresentadas ao público. Como consequência dessa exigência, reuni meus amigos Flaicon (violão solo) e Almir (vocal) para me ajudarem nessa difícil tarefa. Imaginei um campo harmônico e o Flaicon ajudou na criação da melodia e dos arranjos. O Almir fez uma das coisas que sabe bem: cantar. O valioso nessa experiência foram os momentos em que nos reunimos para brincarmos de compositores e de apresentadores. A companhia e o incentivo dos amigos estão registradas no vídeo abaixo: